Assistimos actualmente a uma verdadeira revolução no mundo da agricultura em geral, e no cultivo da oliveira em particular. Nos últimos anos temos assistido a um aumento dos processos de mecanização neste tipo de culturas. No entanto, as complexidades do cultivo de olival tornam este processo de mecanização mais complexo do que parece. Por isso, hoje focamo-nos neste futuro do olival em que é mais necessário do que nunca renovar-se para não deixar morrer as plantações de oliveiras na tentativa.
E não há dúvida de que a mecanização deste tipo de cultivo é muito difícil devido à sua complexidade. Portanto, é necessário realizar um processo de mecanização que consiga se adaptar a essas complexidades. Além disso, é também necessário reduzir os custos de produção e de mão-de-obra, melhorando simultaneamente a qualidade das oliveiras e do azeite de oliva.
O acordo Mecaolivar é vital para o futuro do olival
Para que este processo de mecanização possa ser realizado de forma ideal, o Grupo de Pesquisa AGR 126 ‘Mecanização e Tecnologia Rural’ da Universidade de Córdoba realizou o Contrato Pré-Comercial de Compra Pública (CPP) ‘Mecaolivar‘. Este projecto desenvolvido em regime de acordo conseguiu desenvolver diferentes protótipos para a mecanização tanto do olival tradicional como do olival intensivo.
O futuro do olival É possível graças a cinco linhas de acção marcadas por este acordo: colheitadeiras para olivais tradicionais, colheitadeiras para olivais intensivos, melhorias nos vibradores de tronco, aplicação de produtos fitossanitários nas copas das árvores e aplicação de produtos fitossanitários no solo com gestão de as coberturas vegetais.
Não há dúvida de que as colheitadeiras têm sido os que mais alegrias e dores de cabeça têm dado ao setor olivícola. E embora seja verdade que estão a generalizar-se, a verdade é que, sobretudo no caso da oliveira tradicional, a colheita mecanizada é complicada pela sua irregularidade.
Enquanto no intensivo já existem vibradores de tronco mas não recolhem a azeitona de forma abrangente e, além disso, é necessário melhorar as pinças para que não danifiquem a casca da árvore.
No entanto, graças aos protótipos desenvolvidos neste acordo, foi desenvolvida uma mecanização mais abrangente das oliveiras. Assim, o futuro do olival passa pela transformação dos olivais tradicionais em plantações intensivas, mesmo de sequeiro, para mecanizar o processo. O olival intensivo com moldura de 2 x 6 m com variedades de azeitona como a Arbequina, multiplica a rentabilidade x3
Neste sentido, importa referir que a mecanização das colheitas no olival com recurso a vibradores, ou colheitadeiras, é essencial para diminuir os custos laborais.